As greves.

Uma vez que a Gália, nomeadamente a cidade de Lutécia, está asserbada greves e grevistas numa tentativa desesperada de alterarem uma reforma do Julio César cá do sitio, eu dar-me-ei ao trabalho de explicar o que se trata de forma a redirigir a minha fúria para uma actividade terapeutica que é escrever em blogs.

O senhor Julio César quer alterar umas benesses que os trabalhadores de transportes públicos (nomeadamente os carros de bois mais compridos e os carros de bois sobre carris de pedra) estão a receber desde à muito e que já não se justificam nos dias de hoje. Esse senhor também quer aumentar o tempo de reforma gradualmente, algo que, de acordo com os sindicatos, é
pouco admissível.
Estes trabalhadores, face a tal redução no salário, optam pela forma de luta mais correcta, a greve. O que é a greve? É um conjunto fechado de dias, não remunerados, nos quais o trabalhador opta por ficar em casa. Assim penso que a opção por esta greve está a habituar, desde já, os trabalhadores a viverem com uma soma bem mais reduzida por mês. Uma vez que a greve dura já à uma semana, estão já sem um quarto do seu sálario. O que no caso deles é menos uma refeição por dia até ao final do mês.
Eu até percebo que conduzir comboios pode ser muito stressante, tendo em vista o trânsito infernal que se verifica sempre, obrigando os condutores a paragens constantes. Mas enfim, é a opção sindicalista e eles lá sabem.
Creio que esta greve, no final, vai render mais uns sem-abrigo à cidade de Lutécia.

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