quinta-feira, novembro 27, 2008

Dispositivo de alertamento inaudível

Faz cerca de 2 anos e meio vim viver para Lisboa, tendo até então vivido numa pequena cidade do interior esquecido e ostracizado. Uma das diferenças que depressa notei foi a contínua presença de buzinadelas e sirenes. Não passa um dia que não tenha os meus pobres tímpanos atacados por esta sinfonia rodoviária. O maior contributo ao ruído julgo que é mesmo do Inem, numa cidade com imensa gente que além de guiar mal está possuída de uma personalidade urbana os acidentes são uma constante ergo as sirenes do Inem são constantes. Ora para melhorar esta situação surgiu-me a ideia de implementar a sirene silenciosa, esta sirene continuaria a desempenhar funções de alerta indiscriminado da população mas agora sem o o incómodo do ruído elevado. Como conseguir tal efeito? Se raciocinarmos, vemos que qualquer dispositivo de alertamento tem de actuar em 1 dos 5 sentidos:
- a sirene actual actua nefastamente sob a audição pelo que pode-se descartar este sentido;
- a visão não é uma boa opção pois uma pessoa só vê aquilo que tem á frente e nenhuma solução funcionará se a sirene não estiver no campo de visão da pessoa;
- o paladar ainda é mais restritivo que a visão no que respeita á área de actuação pelo que se descarta também;
- o olfacto é uma boa hipotése se considerarmos uma solução em que a ambulância lança no ar um spray odorífero que seria apercebido por todos (até pelos surdos), podia ser por exemplo o fragrante aroma de tintol carrascão, de entremeadas na brasa ou até mesmo bacalhau assado;
- o tacto é estranhamente talvez a melhor alternativa, imaginemos uma antena na ambulância que transmite um sinal especificado que actua sobre todos os telemóveis nas redondezas, este sinal faria que os telemóveis (previamente programados para tal) vibrassem numa frequência especifica, sendo o telémóvel guardado junto aos genitais do dono, quando começasse a vibrar iria provocar um orgasmo no dono e este saberia imediatamente que uma ambulância estava perto.

Existem porventura outras implementações de sirenes silenciosas, quem se lembrar é instado a partilhar as suas ideias, quem sabe se não se consegue levar a bom porto esta ideia.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Da situação vivida no mercado do lacticínio

Olá meus amigos, volto após algum tempo a debater-me sobre os grandes flagelos da sociedade, a expôr os detalhes e a propor construtivamente o modo de emendar os entraves á felicidade terrena do homem.
Hoje calhou a vez á mui deplorável situação em que se encontra a venda do lactícinio nomeadamente nas médias e grandes superficies comerciais. A melhor maneira de começar esta história será mesmo pelo principio pelo que é assim vou iniciar.
Lembro-me saudosamente de um tempo há não mais de 20 anos, era eu jovem, era Portugal ainda um jovem país saido há uma escassa década do 25 de Abril, Portugal era ainda um país puro não corrompido pela globalização. Nessa altura quem fosse á mercearia (pois hipermercados eram bicho raro) a comprar leite podia encontrar na mesma prateleira a mesma quantidade de pacotes de leite magro, meio-gordo e gordo e também em menor medida uns pacotinhos de natas e leite com chocolate(provavelmente UCAL) . Nessa altura ainda a famigerada reforma agricola de CEE não tinha atingido o nosso belo país e quem quisesse podia facilmente ir a comprar o leite a um quinteiro*, a quem nunca provou o leite "directamente" da vaca posso garantir que este é excelente, tem efectivamente um sabor forte que a principio se estranha mas como todas as coisas boas acaba-se por entranhar**, e nem será preciso referir o quão mais saudável este é em relação a um leite numa embalagem de cartão e aluminio que foi pasteurizado, desnatado, desinfectado, homogeneizado...
Mas agora, OH agora a situação é diferente, os tempos são outros e se algumas coisas melhoraram é preciso dizer que outras também pioraram. Quem nos dias de hoje for ao hipermercado (pois mercearias são bicho raro) a comprar leite pode encontrar no mesmo corredor uma proporção desmesurada de leites magros; leites xpto acrescentados com todo o tipo de vitaminas, minerais e fibras; uma quantidade pequena de leite meio-gordo; também em menor medida uns pacotinhos de natas e leite com chocolate(provavelmente UCAL) e muito muito muito escondido no corredor meia dúzia de pacotes de leite gordo de no máximo 2 marcas diferentes.
Quem como eu começa o seu dia com uma caneca de leite e cola-cao ou uma tigela de cereais com leite percebe logo o problema, quem quer comprar leite de verdade*** está fodido, o corredor do lactícinio está infestado de leites magros e leites tuning aptos a alimentar apenas homossexuais, metrossexuais e demais maricas. Aos larilas que obrigaram o mercado lácteo a ir nesta direcção, preocupados com calorias e nutrientes essenciais para o cabelo ficar forte e brilhante digo o seguinte: comam de tudo e façam exercicio que logo ficarão com aspecto saudável, se não quiserem então devo desrecomendar-vos o leite de vaca em favor do leite de boi, este sim mais adequado á vossa fisionomia****, o orifício de ingestão deixo ao critério de cada um...
Advogo pois um regresso ás origens a um modo de comer mais simples, mais puro e sadio, os meus avós nunca comeram manteiga light nem leite com cálcio e nunca tiveram colesterol nem problemas de peso.


* eram tempos em que não havia subsidios para (ter/não ter) vacas e agricultor que quisesse podia ganhar a vida trabalhando nessa exploração.

** pensem na diferença entre queijo flamengo e queijo da serra, entre porco e porco preto....

*** se é que realmente se pode comparar o leite gordo mimosa com o leite das vacas do vizinho dos meus avós. Poderei abrir uma concessão ao leite meio-gordo, sabe "quase" a leite.

**** aproveito para clarificar que sou tolerante para todas as escolhas sexuais de adultos responsáveis e consensuais, desde que não me incomodem

terça-feira, novembro 18, 2008

A SIC e o Humor

Creio que não é novidade para ninguém que a SIC, como canal privado português que se prese, é populista. Ou seja, tenta transmitir programas que pensa que podem ser populares, de modo a alcançar uma melhor performance a nível de audiências. Por vezes consegue transmitir programas de qualidade. E nisto refiro-me obviamente ao novo programa dos Gato Fedorento, Zé Carlos. No entanto, e para reforçar esta aposta da SIC no humor (tirando o programa da Maria Ruef e, por vezes, do Levanta-te e Ri, não me lembro de nada humorístico que tenha passado recentemente e portanto espero opiniões), a SIC decidiu reformular na SIC Noticias, e a meu ver bem, o Tempo Extra. É de conhecimento comum que este programa já existe há algum tempo. Mas prefiro esta nova versão. Tem mais humor. Tem qualidade no baixo nível. Aqui está a prova.

terça-feira, novembro 04, 2008

O que penso de certas pessoas 2

Da 1ª vez não liguei mas após ter acontecido uma 2ª vez posso garantir que não haverá 3ª. Refiro-me nomeadamente a mulheres que não comem carne vermelha e que têm um gato* a viver dentro de casa. Este tipo de mulheres são em primeira análise muito atraentes e espirituosas mas depois de se conhecerem melhor torna-se impossível ignorar uma camada de loucura/insanidade/imprevisibilidade subjacente ao seu comportamento que torna muito custoso um relacionamento mais íntimo. Isto para dizer que de futuro antes de perseguir um interesse romântico me irei assegurar que a moça em questão não tem manias á mesa nem gatos em casa!

* género masculino, não se verifica com fêmeas

O que penso de certas pessoas 1

Quando estiverem a falar com alguém que recorre frequentemente a expressões como:
- "estás a ver?"
- "perrrrrcebes?"
- "não sei se me faço entender"

E outras tantas parecidas, então é quase certo que essa pessoa percebe (ou acredita perceber) menos do assunto em questão que vós, e esta é a maneira como se defende/ataca.
Uma faceta do comportamento passivo-agressivo a que convém estar atento dado as grosas de energúmenos que por ai andam.