terça-feira, janeiro 20, 2009

Unhas

Sejam bem vindos a mais um pedacinho de informação inédito, o episódio desta semana vai-se debater com a aparente inutilidade e corrupção sociológica de que é o alvo o corpo humano, pelo menos uma certa parte em particular.
Sejam partidários da teoria criacionista ou evolucionaria para explicar a biodiversidade na Terra, 2 caminhos diferentes para chegar ao mesmo destino, existe uma intuição que ambos proponentes partilham. Que existe certamente um sentido de propósito nas diferenças entre as espécies, uma razão ou objectivo nas particularidades de cada ser: as pombas têm asas para voar, as sardinhas tem guelras para respirar debaixo de água, o iaque tem pelo para se proteger do frio, os ratos têm dentes para roer a comida, o marisco é saboroso para saber bem a quem o come, as cobras têm veneno nos dentes para caçar....
Mas para que servem as unhas no ser humano? Não será para tocar guitarra pois esta é muito posterior á invenção das unhas. Não será para perder tempo a limar, pintar, envernizar pois isso em si não utilidade efectiva. Nem porventura para agarrar aquela pontinha de plástico na abertura fácil dos pacotes de bolachas.
Então para que servem realmente as unhas? Esta é uma daquelas dúvidas que desde a minha infância sempre me constrangiu, aceito ainda que de mau grado que a humanidade nunca saiba o sentido o vida, mas não me resigno a que algo tão abjecto como a utilidade das unhas permaneça um mistério.
E noutro dia como do nada compreendi a resposta, e tão simplesmente aconteceu quando usava as minhas unhas. Estava no emprego a coçar os tomates porque não tinha nada que fazer. E pimba! Catrapum! FEZ-SE LUZ!!!
As unhas servem para ranhar, coçar e raspar. E pode parecer uma utilização desprovida de importância mas isso é porque não lhes damos o valor devido.
Desde coçar os tomates, limpar as orelhas, tirar macacos do nariz, raspar as sujidades no banho, fazer festas no cão, limpar os esturrados na loiça, coçar comichões e as costas, descascar camarão, estimulador erógeno, jogar raspadinhas, descascar pevides, limpar o sabugo das outras unhas,etc....a lista nunca mais acaba.
As unhas são portanto o canivete suíço que a natureza nos ofereceu e que nos acabámos por rejeitar em favor de alternativas mais "higiénicas" mas muito menos naturais.
Portanto meu amigo se concordas comigo levanta-te, vai até á rua e banha-te no sol matinal, respira a brisa da montanha e depois vai e coça a 1ª pessoa que encontrares no caminho.